sexta-feira, 29 de abril de 2011

REVISÃO PARA AS PROVAS!

Boa Tarde, caros colegas!



Como sei que vocês estão em época de provas, tanto empresarial I, quanto empresarial II, segue mais uma série de questões. Qualquer dúvida favorme enviar ume-mail no endereço: monitoriaempresarial@gmail.com.





Não se esqueçam que omeu horário de monitoria é: terça e sexta de 13:30hs às 18:30hs.





Abraços e bons estudos!



A. QUESTÕES - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL



1. (OAB/PE 2003.1 – Fundação VUNESP) Empresário é


a) quem faz da mercancia sua profissão habitual.


b) a pessoa física ou jurídica que é sócia de uma empresa.


c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.


d) quem possui a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral dos acionistas e o poder de eleger a maioria dos administradores.



2. (OAB/PE 2003.2 – Fundação VUNESP) Qual das assertivas é correta?


a) O novo Código Civil nada diz sobre os títulos de crédito.


b) Desde a entrada em vigor do novo Código Civil, o Código Comercial encontra-se totalmente revogado.


c) Títulos de crédito ao portador somente podem ser emitidos mediante autorização de lei especial.


d) O novo Código Civil manteve a possibilidade de o empresário ser autorizado por seu pai a exercer o comércioa partir dos 18 anos.



3. (OAB/SC/04.2003) Analise as afirmativas abaixo: O advento do Código Civil/2002:


I -Determina a revogação de todo o Código Comercial.


II - Determina a revogação da primeira parte do Código Comercial (comércio em geral), permanecendo em vigor a segunda parte (comércio marítimo).


III - Mantém integralmente em vigor o Código Comercial, regendo este as relações mercantis e, aquele, as relações civis.


IV -Não revoga a legislação falimentar (Dec-lei n.º 7661/1945).
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.


b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.


c) Somente a afirmativa II está correta.


d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.



4. (OAB/MT/2.º/2003) Pelo novo Código Civil poderá NÃO ser considerado empresário as atividades de:


a) Produção rural.


b) Siderurgia.


c) Construtoras.


d) Incorporadoras de imóveis.



5. (125º OAB/SP - FCC) No regime do atual Código Civil, a caracterização de determinada atividade econômica como empresarial


a) depende de expressa previsão legal ou regulamentar, devendo a atividade constar em relação previamente expedida pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio.


b) é feita mediante opção do empresário, que no momento do seu registro deverá declinar se sua atividade será empresarial, ou não.


c) é aferida a posteriori, conforme seja a atividade efetivamente exercida em caráter profissional e organizado, ou não.
d) depende do ramo da atividade exercida pelo empresário, sendo empresarial a compra e venda de bens móveis e semoventes e não empresariais as demais atividades.



6. (OAB/GO/08.2003) A microempresa e a empresa de pequeno porte, obrigatoriamente, tem que manter dois livros, em boa ordem e guarda que são:


a) Livros CAIXA e RAZÃO.


b) Livros CAIXA e REGISTRO DE INVENTÁRIO.


c) Livros DIÁRIO e CAIXA.


d) Livros DIÁRIO e FORNECEDORES.



7. (OAB/ES 2004 - CESPE/UnB) Acerca da escrituração das sociedades empresárias, assinale a opção incorreta.


a) Atualmente, o diário é o único livro empresarial comum obrigatório. Assim, os livros razão, caixa e estoque são facultativos.


b) Se o administrador de determinada sociedade empresária, por esquecimento, se abstiver de efetuar a autenticação dos livros empresariais dessa sociedade, tal omissão resultará em impedimento legal para eventual pedido de concordata por parte da sociedade.


c) À exceção das hipóteses expressamente previstas em lei, é vedado a juiz de direito ordenar diligência para constatar se determinada sociedade empresária observa a correta escrituração de seus livros empresariais.


d) Em conformidade com as disposições do atual Código Civil, as microempresas e as empresas de pequeno porte estão dispensadas de manter escrituração fiscal e empresarial.



8. (122º/OAB/SP) Assinale a opção falsa.


a) As três funções da escrituração são a gerencial, a documental e a fiscal.
b) O contrato de compra e venda do complexo de bens materiais ou imateriais, organizado para o exercício da atividade econômica ou da empresa, denomina-se trespasse, que se confunde com a cessão de quotas sociais e com a alienação de controle de sociedade anônima.
c) É comum a inserção, nos contratos de trespasse, de arrendamento e de usufruto do estabelecimento empresarial, de cláusula de não-restabelecimento desde que não proíba exploração de atividade não concorrente ou contenha restrição temporal ou territorial.
d) O alienante do estabelecimento continuará, quanto aos créditos vencidos, responsável solidariamente, pelo prazo de um ano, contado da publicação do contrato de transferência, e quanto aos vincendos, por igual lapso temporal a partir da data de vencimento do título correspondente.



9. (OAB/SP/121.º) O estabelecimento:


a) Não pode ser objeto unitário de direito e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos.


b) Uma vez arrendado, tal ato negocial, ipso iure, produzirá efeitos em relação a terceiros.


c) É elemento essencial à empresa, pois impossível é qualquer atividade empresarial sem que antes se o organize.


d) Com o trespasse, não gera, para o adquirente, a responsabilidade pelo pagamento de dívidas pendentes, desde que regularmente contabilizadas.



10. (OAB/AL/BA/CE/PE/PB/PI/SE/RN 2004.2 – Fundação VUNESP) O estabelecimento empresarial


a) corresponde ao conjunto de bens materiais organizados e explorados pelo empresário.


b) é inalienável.


c) pode ser desconcentrado em filiais.


d) corresponde ao conjunto de bens incorpóreos organizados e explorados pelo empresário.




11. (OAB/AL/BA/CE/PE/PB/PI/SE/RN 2005.2 – 28.08.2005 -Fundação VUNESP) Na locação empresarial,


a) o prazo da locação é desnecessário para a aquisição do direito de inerência ao ponto.
b) o locador não pode pedir o imóvel, mesmo que tenha proposta de terceiro em melhores condições.
c) a ação renovatória deve ser distribuída nos 6 meses posteriores ao final do contrato.
d) o desenvolvimento da mesma atividade mercantil é considerado requisito essencial para a propositura da ação
renovatória.


12. (OAB/SP/119.º) Não é condição para que o locatário tenha direito à renovação compulsória do contrato de locação não-residencial:


a) Contrato escrito e por prazo determinado.


b) Prazo do último contrato superior a cinco anos.


c) Exercício da mesma atividade pelos últimos três anos.


d) Propositura da ação renovatória no penúltimo semestre de vigência do contrato renovando.



13. (125.º OAB/SP - FCC) É característica do contrato de locação de espaço em shopping centers a


a) inexistência do direito à renovação compulsória do contrato de locação.
b) impossibilidade de o locador recusar a renovação com base no argumento de retomada do imóvel para uso
próprio.
c) inexistência de prazo decadencial para que o locatário ingresse com ação renovatória.
d) impossibilidade de o contrato prorrogar-se automaticamente por prazo indeterminado, no caso de
permanência do locatário no imóvel após o advento do termo contratual.



A. TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL - RESPOSTAS



1 - C/ 2 - C/ 3 - B/ 4 - A/ 5 - C/ 6 - B/ 7 - D/ 8 - B/ 9 - C/ 10 - C/ 11 - D/ 12 - B/ 13 - B



B. QUESTÕES - PROPRIEDADE INDUSTRIAL



1. (OAB/MG/03.2003) Considerando-se o que estabelecem as leis, é INCORRETO afirmar que:


a) A invenção é passível de desapropriação.


b) A Lei da Propriedade Industrial protege o título do estabelecimento comercial.


c) A propriedade industrial é um dos ramos da propriedade intelectual.


d) O direito de autor é um dos ramos da propriedade intelectual.



2. (OAB/SP/112.º) Poderão ser objeto de concessão de patentes:


a) As marcas e os sinais distintivos.


b) As marcas e as invenções.


c) Os modelos de utilidade e os desenhos industriais.


d) As invenções e os modelos de utilidade.



3. (OAB/SP N. 127 - 2005.2 – 28.08.2005 - Fundação VUNESP) Assinale a alternativa correta.


(A) O prazo de vigência da patente de modelo de utilidade não será inferior a 08 (oito) anos, a contar da data da concessão, ressalvada a hipótese do INPI estar impedido de proceder ao exame do mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior.


(B) A patente do modelo de utilidade vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data do depósito.


(C) O prazo de vigência da patente de invenção não será inferior a 15 (quinze) anos, a contar da data da concessão, ressalvada a hipótese do INPI estar impedido de proceder ao exame do mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior.


(D) A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos, contados da data do depósito.



4. (OAB/SC.04.2003) Analise as afirmativas abaixo:


I -Através da licença, o titular (licenciador) da patente autoriza a exploração desta pelo licenciado, sem, no entanto, transferir-lhe a propriedade.


II - A cessão da marca representa a autorização da sua exploração por terceiro (cessionário), sem, no entanto, transferir- se-lhe a propriedade.


III - A licença da marca representa a transferência de sua titularidade ao licenciado.


IV - A cessão da marca pode ser feita tanto pelo titular do registro, como pelo depositante do pedido de registro.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Somente a afirmativa II está correta.


b) Somente a afirmativa I está correta.


c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.


d) Somente a afirmativa III está correta.



5. (OAB/SP/117.º) Uma das diferenças existentes entre o regime legal das marcas e o das patentes é o fato de:


a) O direito ao uso da marca ser concedido em caráter exclusivo, o que não é deferido às patentes.


b) A patente estar sujeita à caducidade pelo não uso, ao passo que a marca, não.


c) O registro da marca poder ser prorrogado, enquanto o da patente, não.


d) O uso da marca poder ser licenciado a terceiros, enquanto a exploração da patente é intransferível.




6. (OAB/SP/112.°) Assinale a alternativa que indica, corretamente, o(s) sinal(is) registrável(eis) como marca:


a) Sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda.
b) Reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotado para garantia de padrão de qualquer gênero ou
natureza.
c) Sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
d) Termos técnicos usados na indústria, na ciência e na arte, que tenham relação com o produto ou serviço a distinguir.



7. (OAB/SP/119.º) Não se compreende entre os direitos conferidos ao titular da marca:


a) Licenciar o seu uso.


b) Impedir a sua divulgação por comerciantes ou distribuidores.


c) Impedir o seu uso não autorizado.


d) Explorá-la de forma exclusiva.



8. (122º OAB/SP) Marca de certificação é


a) a usada para identificação de produtos ou serviços provindos de membros de determinada entidade.
b) a utilizada para distinção de produto ou serviço de outro idêntico.
c) a usada para distinguir produto ou serviço semelhante ou afim, de origem diversa.
d) a utilizada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com certas normas técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material usado e metodologia empregada.



9. (OAB/AL/BA/CE/PE/PB/PI/SE/RN 2005.1 – 13.03.2005 - Fundação VUNESP) O registro de marca


a) poderá ser prorrogado uma vez após 10 anos da data da concessão do registro.


b) não poderá ser prorrogado.


c) poderá ser prorrogado, quando ocorrer a cessão ou a licença.


d) poderá ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos de 10 anos.



B. PROPRIEDADE INDUSTRIAL - RESPOSTAS



1 - B/ 2 - D/ 3 - D/ 4 - C/ 5 - C/ 6 - C/ 7 - B/ 8 - D/ 9 - D


C. MISTURADAS E COMENTADAS


1. Considerando os vários tipos de sociedades descritos no Código Civil e com base na teoria geral do direito empresarial, assinale a opção correta.


(A) As cooperativas, independentemente do objeto social, são sempre sociedades simples.


(B) A sociedade anônima pode adotar a forma simples, desde que o seu objeto social compreenda atividades tipicamente civis.


(C) A sociedade simples não possui personalidade jurídica, sendo desnecessária a inscrição de seu contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.


(D) Na sociedade em comum, todos os sócios respondem limitadamente pelas obrigações da sociedade; assim, todos os sócios podem valer-se do benefício de ordem a que os sócios da sociedade simples fazem jus.


Resposta: A – art. 982, § único do CC



2. Acerca do exercício da empresa em sociedade, assinale a opção correta.


A) A qualificação de uma sociedade como empresarial só ocorre quando ela exerce atividadeprópria de empresário sujeito a registro.


B) A sociedade que precipuamente exercer atividade de empresário rural só poderá adotar tiporeservado às sociedades empresárias.


C) A constituição de sociedade para a realização de apenas um negócio determinado éincompatível com a atividade empresarial, pois impede a habitualidade de seu exercício.


D) O conceito de sociedade implica o exercício de atividade econômica, embora nem todasociedade que realize atividade econômica seja necessariamente considerada empresarial.



Resposta: D – arts. 966 c/c 982 do Código Civil


3. Entende-se por principal estabelecimento o:


A) lugar da sede da empresa.


B) local onde está assentado o ponto empresarial.


C) o local do domicílio do empresário.


D) lugar onde o empresário centraliza as suas atividades e a administração de seu negócio.


Resposta: D – art. 75, IV e § 2º do CC


4. Considera(m)-se como pequeno empresário, para efeito de enquadramento nas regras do art. 970 e do § 2.º do art. 1.179 do Código Civil:


A) o empresário individual caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00.
B) a sociedade simples e o microempresário individual que aufiram receita bruta anual de até R$ 36.000,00.
C) as sociedades simples e empresária que aufiram receita bruta anual de até R$ 36.000,00.
D) o empresário individual ou empresário de pequeno porte caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00.


Resposta: A – art. 68, da LC 123/06



5. Quanto ao funcionamento da sociedade estrangeira no Brasil, pode-se dizer que:


A) Só poderá fazê-lo por estabelecimentos subordinados, mesmo que sem autorização do Poder Executivo.
B) Mesmo que autorizada a funcionar no Brasil a sociedade estrangeira não se sujeita às leis brasileiras.
C) A sociedade estrangeira autorizada a funcionar no Brasil não pode nacionalizar-se, a não ser com autorização do Poder Executivo e mediante transferência de sua sede para o Brasil.
D) A sociedade estrangeira autorizada a funcionar no Brasil pode ter seu representante legal no exterior, desde que ele venha ao país semestralmente para resolver os assuntos administrativos.


Resposta: C – art. 1.134 do CC



6. Quanto ao nome empresarial, de acordo com as normas do Código Civil Brasileiro, não é correto afirmar:


A) Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura;
B) A sociedade em conta de participação funciona sob firma ou denominação, integradas pela
expressão “em conta de participação”;


C) A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo “cooperativa”;


D) A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação
designativa do objeto social, aditada da expressão “comandita por ações”.


Resposta: B – art. 1.161 do CC


7. Com relação às sociedades personificadas e não personificadas, assinale a alternativa incorreta:


A) A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito;


B) Independentemente de seu objeto, a sociedade por ações é sempre empresária;


C) Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo
todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais;


D) Para a formação do capital social da sociedade limitada empresária, é facultada ao sócio a contribuição que consista em prestação de serviços.


Resposta: D – art. 1.055, § 2º do CC



8. Com relação às sociedades personificadas, assinale a alternativa INCORRETA:


A) A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos.


B) É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.


C) Na sociedade limitada empresária, depende da deliberação dos sócios a aprovação das contas da administração.


D) Em nenhuma hipótese a sociedade limitada empresária poderá reduzir o seu capital.


Resposta: D – art. 1.082 do CC


9. Armando e Arnaldo, advogados, resolveram celebrar contrato de sociedade para realizar, por prazo indeterminado, a fabricação regular de peças para automóveis. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.


A) O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, em
razão de os sócios serem advogados.


B) Sendo ambos os sócios advogados, a sociedade será necessariamente simples.


C) A sociedade só existirá se o instrumento do contrato for submetido a registro.


D) O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis, por ser empresarial o objeto da atividade.



Resposta: D – art. 966 c/c 982 do Código Civil


10. A respeito da classificação das sociedades em simples e empresárias, bem como da relação prevista em lei entre os tipos societários pertencentes a cada um desses grupos, é correto afirmar que as regras legais relativas à sociedade simples:


(A) são subsidiárias a todos os tipos societários.


(B) aplicar-se-ão à sociedade limitada se o respectivo contrato social não estabelecer a regência supletiva das normas sobre sociedade anônima.


(C) são subsidiárias apenas à sociedade em nome coletivo e à sociedade em comandita simples.


(D) são subsidiárias às da sociedade cooperativa, e as regras relativas à sociedade limitada são subsidiárias às demais sociedades empresárias, especialmente a sociedade anônima.


Resposta: B – art. 1.053 CC


11. A sociedade simples difere, essencialmente, da sociedade empresária porque


(A) aquela não exerce atividade própria de empresário sujeito a registro, ao contrário do que ocorre nesta.


(B) aquela não exerce atividade econômica nem visa ao lucro, ao contrário desta.


(C) naquela, a responsabilidade dos sócios é sempre subsidiária, enquanto nesta, é sempre limitada.


(D) aquela deve constituir-se apenas sob as normas que lhe são próprias, enquanto esta pode constituir-se utilizando-se de diversos tipos.


Resposta: A – art. 983 do CC


Controle de Constitucionalidade

Esquema de Estudo

Vinícius Souza Barquette

1.0 Pontos gerais

· Requisitos: Constituição rígida Órgão competente para realização.

· Razão: Compatibilidade vertical – pirâmide de Kelsen

· Tipos de vícios: Formal

Material

· Tipos de Controle:

§ Preventivo: sobre o projeto da lei. Qualquer poder pode realizar: P.L - C.C. J

Tipos de vícios: P.E - Sanção ou Veto

- Na iniciativa P.J - STF

- Demais fases de elaboração

§ Repressivo: sobre a lei.

- Existem os tipos: - Político: Órgão separado dos Três poderes

- Jurisdicional: poder judiciário (Brasil) – STF

- Misto: algumas normas são levadas a órgão separado e outras ao P.J.

- O Brasil adota o controle jurisdicional (STF) porém, existem exceções, podendo o P.L. realizar o controle, são elas:

- Medida provisória

- Lei delegada

2.0. Realização do controle: O controle pode acontecer de duas formas, no caso concreto (difuso) ou de modo abstrato (concentrado).

· Difuso:

- Histórico: Corte norte-americana no caso Marbury x Madison, julgado pelo juiz John Marshal em 1803, que decidiu que se houver conflito entre lei infraconstitucional e Constituição deve prevalecer à última.

- Realizado por juízes ou tribunais;

- Pode chegar ao STF por meio do recurso extraordinário;

- Quando é realizado pelos tribunais após a apresentação da apelação ou pelo STF após o recurso extraordinário, a votação da inconstitucionalidade em questão deve ser realizada respeitando a clausula de reserva de plenário;

- Efeitos: Ex Tunc: Retroage a época de edição da lei.

Inter partes, podendo ser erga omnes segundo o artigo 52, X CF/88

- Pode ocorrer em sede de ação civil publica.

· Concentrado:

- Concentra-se no STF, único tribunal competente para realização;

- Normas originárias não estão sujeitas a nenhum tipo de controle;

- Pode ser verificado em cinco situações:

ADIN ou ADI – Ação Declaratória de Inconstitucionalidade

- Realização: Controle realizado em lei marcada por abstração, generalidade ou impessoalidade;

-Não é usada no caso concreto – abrangência lato sensu;

- Objeto: lei ou ato normativo;

- Legitimidade de propositura: Art. 103, I ... IX;

- Pode ser aceita somente com maioria absoluta pelo STF;

- Efeitos: Ex Tunc (tira a lei de vigência) – podendo se Ex Nunc se STF determinar;

Erga Omnes (para todos)

Vinculante aos órgãos dos poderes executivo e judiciário;

- Admite “Amicus Curiae” – obs.: Essa figura de auxilio é admitida também no controle difuso e na ADPF.

ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental

- Competência para julgar: STF

- Medida usada em ultimo caso, só pode ser aceita quando não houver alternativa porém, pode ser reconhecida como ADI.

- Objeto: Reparar ou evitar danos causados por atos do poder publico.

Controlar lei que vai contra os preceitos fundamentais

- Legitimidade: Igual ADI

- Efeitos: Igual ADI

ADIN por Omissão

- Existência de uma norma constitucional de eficácia limitada que precisa de “estímulos” para sua aplicação.

- Competência para julgamento: Igual ADI

- Legitimidade de propositura: Igual ADI

- Objeto: tornar efetiva norma de eficácia limitada;

- Efeitos: Regra geral – igual ADI

Para poderes e órgãos: devem-se tomar as providências cabíveis:

Poder: sem prazo

Órgão: 30 dias.

- Obs.: No controle difuso existe o mandado de injunção que se assemelha a esta forma concentrada, porém, é em um caso concreto e se diferencia nos efeitos e nos legitimados para propositura.

ADIN Interventiva

- Como regra geral nenhum ente federativo deve intervir em outro.

- Objeto: Existe a intervenção no caso de lei ou ao normativo estadual que desrespeitar a CF/88 ou municipal que desrespeitar a Constituição estadual.

- Decreta intervenção: União no estado e no município- aprovação do STF

Estado membro no município- aprovação do TJ do estado.

- Competência: desrespeito a: CF- STF

CE- TJ

- Legitimidade: desrespeito a: CF – Procurador Geral da Republica

CE – Procurador Geral de Justiça

- O presidente da republica (CF) / Governador do estado (CE) declara ato ou lei inconstitucional e suspende sua execução. Se não forem respeitadas as determinações, declara-se intervenção e nomeia-se um interventor para afastar as autoridades responsáveis de seus cargos.

ADECON ou ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade

- Objeto: Declarar constitucional lei ou ao normativo FEDERAL levado ao questionamento várias vezes.

- Não admite, depois de declarada, prova em contrário;

- Competência para julgar: STF

- Legitimidade de propositura: Igual ADI

- Efeitos: Igual ADI

Estado Federal e Poder Constituinte Derivado Decorrente

Laisa Thalita B. Felicíssimo


Segue, como solicitado, os esclarecimentos sobre o Estado Federal, tema pertencente à Teoria do Estado, mas que é importante para uma melhor compreensão do Poder Constituinte Derivado Decorrente:

O Federalismo Clássico possui as seguintes características: É um modelo norte americano formado por duas esferas de poder (a União e os Estados), o que caracteriza o chamado Federalismo de dois níveis. A sua progressão histórica é centrípeta, o que representa que o Estado Federal surgiu a partir de uma união de Estados que eram soberanos, mas que, abdicaram de parte de sua soberania, para que houvesse a formação de novas entidades de Direito Público: o Estado Federal (Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional), a União (Pessoa jurídica de Direito Público Interno) e os Estados Membros. O Federalismo Clássico de dois níveis possui um diferencial em relação aos outros Estados descentralizados (Autonômico, Regional ou Unitário Descentralizado): é o único Estado descentralizado que possui entes territoriais autônomos com competência legislativa constitucional, ou seja, um poder constituinte derivado decorrente.


No Brasil, o nosso Federalismo é bastante inovador, uma vez que compreende as seguintes características: é formado por três esferas de poder (Federalismo de três níveis), ao incluir o Município como um Ente Federado. Desse modo, são Entes Federados a União, os Estados e os Municípios. Além disso, ao contrário do modelo norte-americano, nosso Federalismo é centrífugo, uma vez que o Estado Unitário se tornou Estado Federal em 1891, a partir de uma descentralização do poder, fato este que concedeu autonomia aos Entes Federados para se auto-organizarem, no que diz respeito às questões administrativas, financeiras e políticas. Desse modo, os Estados Membros possuem autonomia para se auto- organizarem por leis, governantes e orçamentos próprios, desde que respeitem a soberania Federal.

Durante a vigência da Constituiçaõ Federal de 1988, a forma Federativa de Estado não poderá ser abolida, já que corresponde a uma das Cláusulas Pétreas presentes no artigo 60 da mesma Constituição. Dois artigos da Constituição de 1988 reforçam a idéia de Estado Federal:

-artigo 18: A organização político administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municíios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

-artigo 25: Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

O resquício histórico que fica para a nossa geração é a discussão da real descentralização do poder proposta pelo Federalismo. A nossa Federação ainda é extremamente centralizada, razão de uma progressão histórica centrífuga, já que o Estado Federal é posterior a um Estado Unitário, sendo este possuidor de uma tradição centralizadora e autoritária que deve ser abandonada pela Federação moderna no Estado Democrático de Direito.


Bibliografia:


MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. Direito Constitucional. Tomo II. Belo Horizonte: Mandmentos, 2002.pag 76-84.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poder Constituinte Derivado Decorrente

Laisa Thalita B. Felicíssimo

Atenção: O tema aqui abordado é uma introdução da matéria que será explanada no dia 26 de Abril de 2011.

Para uma melhor compreensão do que será exposto, é digna de nota a seguinte recapitulação:o poder constituinte se subdivide em poder constituinte derivado e em poder constituinte originário. O poder constituinte derivado se subdivide em poder constituinte derivado decorrente e em poder constituinte derivado de reforma (ou reformador).

Segue a explicação do poder constituinte derivado decorrente: este é um poder que se manifesta nos Estados Federados. É através da manifestação do poder constituinte originário que se observa a decisão pela descentralização administrativa e financeira dos Estados membros, que passam a ter autonomia para a formulação de suas próprias constituições (Federalismo).

O que caracteriza uma Federação é a existência de mais de um centro de poder político. Nesse prisma, vale observar que, como cada Estado membro pode formular sua própria constituição, há um "poder constituinte originário" em cada Estado membro. Entretanto, como este poder deve se limitar aos limites impostos pela Constituição Federal, ele será então considerado "decorrente", ou seja, aquele poder constitinte derivado que decorre do originário-da Constituição Federal.

O Brasil adota a forma federativa de Estado. Durante a vigência da Constituição Federal de 1988, tal decisão não poderá ser alterada, uma vez que a forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas do artigo 60 da nossa Constituição Federal. Assim, cada Estado membro tem autonomia para se auto- organizar através de leis, governantes e orçamentos próprios, havendo, entretanto, o respeito à soberania federal.

Referências:

Aula de Teoria da Constituição do professor Álvaro Ricardo de Souza Cruz, 3º período- manhã, em 23-04-10. PUC-MG- Coração Eucarístico.

GALANTE, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Barros, Fischer e Associados,2005, (Para aprender Direito;4), p.36 e 37.






sexta-feira, 15 de abril de 2011

Poder Constituinte Originário e Derivado

Laisa Thalita B. Felicíssimo


O poder constituinte originário é aquele que permite a elaboração de uma nova Constituição, fato este que possibilita a substituição da Constituição anterior. Um exemplo clássico do exercício do poder constituinte originário foi a Constituição do Império de 1824, que corresponde a um grande marco de estruturação do país. O cenário político existente naquela época sofreu uma grande ruptura, uma vez que o país se declarou indenpendente de Portugal dois anos antes. Outro exemplo digno de nota é o da Constituição de 1988, que foi elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte.


Existem três características relevantes do poder constituinte originário: ele é inicial, ilimitado e incondicionado. O poder constituinte originário é inicial porque ele estabelece uma nova base jurídica a ser seguida, sendo que esta se torna parâmetro para todas as normas infraconstitucionais. É ilimitado porque ele não se subordina a nenhuma ordem jurídica preexistente; desse modo, a nova ordem possibilita que os limites contidos na antiga Constituição não sejam respeitados. Por fim, o poder constituinte originário é incondicionado porque, utilizando o mesmo raciocínio do motivo pelo qual ele é ilimitado, qualquer formalidade que estiver determinada na Constituição antiga não será respeitada pelo novo poder constituinte originário, já que ele se auto regulamenta.


A constituição individualiza o Estado, estabelecendo as suas características e elementos. Entretanto, vale observar que tudo o que é promovido pelo poder constituinte não é imutável, podendo haver a necessidade de alteração do texto constitucional . Os critérios e os limites para as alterações devem estar contidos no próprio texto constitucional porque se não estiverem previstos, toda vez que a Constituição for alterada para uma readequação social, haverá uma ruptura constitucional e a necessidade de uma nova Constituição ser editada.


Portanto, como o poder constituinte originário deseja que sua vontade constitucional se perpetue, ele mesmo já prevê possibilidades de revisão e emendas da Constituição e por isso cria o poder constituinte derivado.


O poder constituinte derivado, por sua vez, também possui três características : ele é derivado, subordinado e condicionado. Derivado porque ele é previsto e criado pelo poder costituinte originário. É subordinado porque ele deve obedecer os limites impostos pelo poder constituinte originário e é condicionado porque para que ele seja exercido, ele deve respeitar as regras formais dispostas pelo poder constituinte originário.



Bibliografia:

GALANTE, Marcelo. Direito Constitucional.São Paulo:Barros, Fischer e Associados, 2005 (Para aprender Direito;4), p.33- 35.




DIVERSÃO PARA O FERIADO SANTO

Caros colegas,

resolvi essa semana colocar algumas questões da OAB para vocês treinarem os tipos societários. Qualquer dúvida me encaminhem um e-mail no endereço: monitoriaempresarial@gmail.com.

Abraços e bom feriado!


QUESTÕES – DIREITO SOCIETÁRIO


1. (OAB/PE 2004.1 – Fundação VUNESP) Poderão optar entre razão social e denominação as seguintes sociedades empresárias:

a) as sociedades limitadas e sociedades por ações.

b) as sociedades em comum e sociedades anônimas.

c) as sociedades anônimas e as limitadas.

d) as sociedades em comandita por ações e as sociedades limitadas.


2. (OAB/PE 2003.1 – Fundação VUNESP) Só podem ter denominação as sociedades

a) em nome coletivo.

b) limitadas.

c) em comandita simples.

d) anônimas.


3. (125.º OAB/SP - FCC) Se os sócios não registram o ato constitutivo de sociedade empresária da qual façam parte,

a) a sociedade é considerada regular para todos os efeitos, inclusive em suas relações com terceiros.

b) o sócio que praticar algum ato em nome da sociedade será pessoalmente responsável, não podendo usufruir do benefício de ordem.

c) a personalidade jurídica da sociedade estará resguardada, assim como a sua autonomia patrimonial em relação ao patrimônio dos sócios.

d) todos os sócios são pessoalmente responsáveis pelos atos praticados em nome da sociedade, solidariamente entre si e subsidiariamente em relação à sociedade.


5. (OAB/PE 2003.2 – Fundação VUNESP) Escolha a opção que seja correta.

a) Numa sociedade limitada, se os sócios são casados entre si ou com terceiros, é totalmente irrelevante o regime de casamento.

b) Desde a entrada em vigor do novo Código Civil, todas as sociedades limitadas deverão ter um conselho fiscal.

c) O novo Código Civil, apesar de ter mantido a sociedade em nome coletivo, não se refere à sociedade de capital e indústria.

d) A sociedade em conta de participação foi inserida entre as sociedades personificadas.


6. (OAB/ES 2004 - CESPE/UnB) Acerca do direito de empresa, assinale a opção correta.

a) Considere que, em 05.04.2004, Alessandra e Cristine decidiram formar determinada sociedade, cujos atos constitutivos só foram inscritos no registro próprio em 06.07.2004. Nesse caso, durante o período compreendido entre 05.04.2004 e 06.07.2004, a sociedade não possuiu personalidade jurídica. b) Considere que Joana e Márcia sejam sócias da sociedade empresária Elite Segurança Ltda. Nessa situação, Joana e Márcia são consideradas empresárias, conforme disposições do Código Civil.

c) Não há impedimento legal à contratação de sociedade empresária entre cônjuges casados sob o regime de comunhão universal de bens.

d) A sociedade que, no exercício de atividade de natureza científica, produza bens e serviços de consumo é considerada empresária, em conformidade com o atual ordenamento civil.


7. (OAB/SP/121.º) Independente do seu objeto, considera-se empresária a:

a) Sociedade por ações.

b) Sociedade por ações e a cooperativa.

c) Cooperativa.

d) Sociedade simples personificada.


8. (OAB/MG dezembro - 2004) Com relação às sociedades, assinale a alternativa VERDADEIRA:

a) A sociedade simples é identificada por sua razão social, que será constituída pelo nome de um de seus sócios administradores.

b) A cooperativa se equipara à sociedade empresária, para fins de aplicação subsidiária da legislação.

c) A sociedade em comandita simples será regida supletivamente pela Lei 6.404 - Lei de Sociedades Anônimas.

d) A sociedade limitada poderá, dentro de prazo limitado, funcionar com apenas um sócio.


9. (122º OAB/SP) Na sociedade em comum, os sócios, em regra,

a) não respondem pelas dívidas sociais.

b) respondem solidariamente com a sociedade pelas dívidas sociais.

c) respondem pelas dívidas sociais até o montante de sua participação no capital.

d) respondem pelas dívidas sociais solidariamente entre si e subsidiariamente em relação à sociedade.


10. (OAB/PE 2003.1 – Fundação VUNESP) Só pode haver assembléia geral de sócios nas sociedades

a) empresárias.

b) anônimas.

c) limitadas, anônimas e em comandita por ações.

d) anônimas e comanditas por ações.


11. (OAB/SP/121.º) É sociedade não-personificada a:

a) Cooperativa.

b) Sociedade em nome coletivo.

c) Sociedade em conta de participação.

d) Sociedade em comandita por ações.


12. (OAB/SP N. 127 - 2005.2 – 28.08.2005 - Fundação VUNESP) O sócio de uma sociedade simples que

(A) ceder suas quotas, responde, por dois anos, depois de averbada a modificação do contrato, solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

(B) ceder parte ou totalidade de suas quotas, poderá fazê-lo sem o consentimento dos demais sócios, desde que tenha participação majoritária no capital social.

(C) contribuir com seus serviços à sociedade, pode empregar-se em atividade estranha à mesma, independentemente de convenção no contrato social, desde que avise os demais sócios.

(D) vier a ser admitido em sociedade já constituída, exime-se das dívidas sociais anteriores à admissão.


13. (OAB/SP N. 127 - 2005.2 – 28.08.2005 - Fundação VUNESP) Assinale a afirmativa INCORRETA.

(A) É livre a cessão de quotas de capital se não houver oposição de titulares de mais de ¼ (um quarto) do capital social.

(B) O uso da firma ou denominação social é privativa dos administradores que tenham os necessários poderes, bem como dos sócios titulares da maioria das quotas que compõem o capital social.

(C) A existência de conselho fiscal é facultativo nas sociedades empresárias e obrigatória nas sociedades por ações de capital aberto.

(D) A destituição do administrador de sociedade empresária exige a deliberação de sócios cujos votos representem mais da metade do capital social.


14. (OAB/SP/121.º) A dissolução parcial da sociedade dar-se-á:

a) Se houver substituição do sócio falecido, em razão de acordo entre seus herdeiros e demais sócios.

b) Se os sócios remanescentes providenciarem a liquidação da quota do sócio falecido, após balanço especial para apuração dos seus haveres, cujo valor será entregue aos seus sucessores.

c) Se houver cláusula no pacto social deliberando que os sucessores do sócio morto ingressarão na sociedade, fazendo jus à quota societária do de cujus, que lhes será adjudicada.

d) Se houver entrega de quota societária ao consorte-meeiro e aos sucessores do sócio falecido.


15. (1252 OAB/SP - FCC) Resolvendo-se o vínculo de um sócio com a sociedade empresária de que faz parte, e não havendo previsão contratual a respeito, seus haveres sociais serão pagos de acordo com o critério do valor

a) patrimonial de suas quotas na data da resolução, apurado em balanço especial.

b) econômico de suas quotas à data da resolução, conforme a cotação em bolsa de valores.

c) patrimonial de suas quotas na data do efetivo pagamento, apurado em perícia judicial.

d) econômico de suas quotas na data do efetivo pagamento, apurado em balanço especial.


16. (122º OAB/SP) A dissolução judicial da sociedade simples pode ser requerida por qualquer sócio quando houver

a) nulidade absoluta do contrato social e não consecução do fim social.

b) anulação de sua constituição, exaurimento do fim social ou inexeqüibilidade do objetivo comum.

c) ilicitude de sua atividade, consecução e exeqüibilidade do fim social.

d) exeqüibilidade do objetivo comum, anulação de sua constituição e possibilidade de exaustão do fim social.


17. (OAB/MG dezembro - 2004) Com relação às Sociedades Limitadas, assinale a alternativa VERDADEIRA

a) As deliberações dos sócios devem ser tomadas em assembléia, se a sociedade tiver mais de 10 (dez) sócios.

b) No silêncio do contrato social, regem-se supletivamente pelas normas das sociedades anônimas.

c) Terão, obrigatoriamente, conselho fiscal.

d) Seus administradores devem ser sócios.


18. (OAB/ES 2004 - CESPE/UnB) Quanto às sociedades limitadas, assinale a opção incorreta.

a) Considere que Antônio e Francisco sejam sócios de determinada sociedade por quotas de responsabilidade limitada. Nessa sociedade, o capital social é de R$400.000,00 e cada sócio subscreveu uma cota de R$200.000,00. Antônio integralizou sua cota, mas Francisco tornou-se inadimplente e não dispõe de recursos pecuniários para solver sua dívida com a sociedade. Em face dessa situação, Antônio deverá arcar com a integralização da cota subscrita por Francisco. b) O capital social de uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada pode ser dividido em quotas iguais ou desiguais. c) Na sociedade por quotas de responsabilidade limitada, o capital social pode ser majorado após a integralização das quotas, sendo desnecessária qualquer alteração no ato constitutivo da sociedade. d) Considere a seguinte situação hipotética. Felipe, Ricardo e Pablo são sócios de determinada sociedade por quotas de responsabilidade limitada e, mesmo na ausência de disposição em contrato social nesse sentido, Felipe deseja ceder a totalidade de suas quotas a Pablo. Nessa situação, o ato de cessão entre Felipe e Pablo independerá da audiência de Ricardo.


19. (OAB/PE 2004.1 – Fundação VUNESP) No que pertine à administração das sociedades limitadas e à responsabilidade de seus sócios, é ERRADO afirmar que

a) a partir do novo código civil as sociedades limitadas poderão ser administradas não só por um gerente sócio, mas também por um não sócio, desde que, neste caso, estando o capital totalmente integralizado, dois terços dos sócios concordem com a escolha. b) sempre que a sociedade contar com mais de dez quotistas deverão as deliberações ser tomadas em assembléia de sócios.

c) no caso de o capital social não estar totalmente integralizado, somente responderão pelo que faltar os sócios remissos. d) os sócios passam a responder limitadamente não mais pelo total do capital social, mas tão-somente pelo seu quinhão social, no entanto, não havendo integralização do capital social, responderão todos solidariamente pelo que faltar.


20. (125º OAB/SP - FCC) O administrador das sociedades limitadas pode ser nomeado no contrato social ou por ato separado. Uma das conseqüências dessa distinção é que o administrador nomeado em contrato

a) Deve ser sócio.

b) tem poderes irrevogáveis.

c) depende de quorum de nomeação diferenciado.

d) prescinde de autorização dos sócios para a prática de atos.


Respostas:

1 D\2 D\3 B\5 C\6 A\7 A\8 D\9 D\10 C\11 C\12 A\13 B\14 B\15 A\16 B\17 A\18 C\19 C\20 C\

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Poder Constituinte e suas classificações


2.2 Poder Constituinte Derivado

O poder derivado, instituído ou de segundo grau é, como o próprio nome já diz, uma derivação estabelecida legalmente e positivada na constituição, pelo poder originário. Neste sentido, como tal poder é instituído pela norma maior fica claro que há uma limitação jurídica e um condicionamento, desta derivação, à manifestação do poder originário, a constituição.

O Poder derivado possui subdivisões, são elas: Reformador, Decorrente (tratado por alguns autores separadamente do derivado, embora seja perfeitamente aceitável o estudo deste nesta subdivisão) e Revisor.

2.2.1 Poder reformador

O poder reformador é a atuação, pré-estabelecida na constituição, do legislativo na alteração dessa mesma. Tal alteração se dá pela emenda constitucional. Melhor classificando então, o poder reformador é a possibilidade legitimada de modificação da constituição através de um procedimento legiferante, específico e especial estabelecido previamente pelo poder originário. Assim percebe-se que existe uma natureza jurídica por trás da atuação deste poder. A CF/88 prevê em seu artigo 60 tal possibilidade.

Para que seja emendada a constituição devem-se observar certas limitações, que podem ser circunstanciais, formais, materiais e, segundo alguns autores, as temporais.

As relativas às circunstâncias são duas: enquanto houver intervenção federal e Estado de Sitio ou de Defesa. A constituição faz tais determinações em seu artigo 60 § 1º.

As limitações com relação à forma são concernentes ao órgão competente de propositura e ao devido procedimento legal. No artigo 60 §5º, a CF/88 faz referência às emendas cuja matéria constante de proposta é rejeitada ou havida por prejudicada, expressa que tais matérias não serão objeto de proposta. Para alguns autores essa é uma limitação formal, como é o caso de Marcelo Novelino, dentre outros, e contrariamente, como diz Ingo Wolfgang Sarlet, é esta uma limitação temporal. No geral, a constituição de 1988 não trás nenhuma limitação temporal, a questão referida anteriormente é uma discussão doutrinária.

No que tange às limitações materiais, o artigo 60 §4º determina-as claramente. São as cláusulas pétreas. Canotilho, em sua obra, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, coloca ainda, uma limitação material com relação à inserção de matérias no texto constitucional, tendo em vista que o legislador originário não estabeleceu nenhuma reserva de matéria a ser introduzida.

2.2.2 Poder Decorrente

O Poder Decorrente é a atuação legislativa dos Estados-membros da federação na elaboração de suas constituições. Este poder também é limitado às normas estabelecidas pelo originário. Existe uma divergência doutrinária importante, por ser esta uma competência legislativa, talvez não devesse ser tratada dentro das derivadas.

Os Estados membros possuem elencadas na constituição competências de Auto-organização (Art25); Auto-governo (Artigos 27,28 e125); e Auto-administração(Artigos 18 e 25-28). Como diz o artigo 25: “Os estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta constituição.” Este poder age pelas assembléias legislativas de cada estado, segundo determina o artigo 11 das ADCT.

De acordo como que foi mencionado acima no artigo 25 da Constituição, ela trás princípios que são os balizadores das normas constitucionais estatais. Pedro Lenza em sua obra “Direito Constitucional Esquematizado” menciona um autor que muito bem aborda o tema, Uadi Lammêgo Bulos, diz que existem: princípios sensíveis, princípios estabelecidos e princípios extensíveis.

Os primeiros, com denominação criada por Pontes de Miranda, estão elencados na Constituição em seu artigo 34 inciso VII alíneas a – e.

Os segundos, como diz Bulos, são: “Balizas reguladoras da capacidade de auto organização do Estado”. Tais princípios podem ser extraídos da Constituição por interpretação das normas em sentido geral.

Por fim, dos terceiros também trata Bulos, “integram a estrutura da federação brasileira”. A titulo de exemplo temos os artigos 59 (sobre o processo legislativo), artigo 165 e seguintes (sobre os orçamentos) e etc.

2.2.3 Poder revisor

O poder revisor tem as mesmas características dos demais, sendo condicionado à constituição e limitado juridicamente por esta. O poder revisor atua pela possibilidade de realização de uma revisão que acontece cinco anos após a promulgação da constituição. Revisão que se da pela votação de maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. Como foi dito a atuação é após cinco anos, portanto, se dá somente uma vez. Existe um limite material para essa atividade, qual seja, o limite estabelecido nas cláusulas pétreas.


P.S. Pessoal semana que vem postarei a ultima parte do texto.